sábado, 31 de março de 2012

You Don't Know Jack (2010) - Part 1

A LIBERDADE E AUTONOMIA DE UM CIDADÃO É ALGO INEGOCIÁVEL.

O filme trata da luta do Dr. Jack Kevorkian em defesa da eutanásia assistida por um médico. Ele coordenava pacientes que sofriam de extrema dor ou em estado terminal a cometerem suicídio, por meio de metodologia engendrada por ele.


O Estado não se intromete nas religiões, garantindo a autonomia, a liberdade de crença, culto e posicionamento filosófico, o que faz-se muito bem no Brasil, por sinal. E em contrapartida as instituições religiosas não deveriam interferir nas políticas públicas, entretanto infelizmente não é isso o que vemos em temas como a legalização do aborto, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, eutanásia, suicídio assistido e outros.




DR LIFE (R.I.P) Feb 14, 1992 Dr Kevorkian

Mademoiselle and the Doctor [Part 1]

Inhaling Helium Can Kill
Wednesday, March 28, 2012 11:01 AM




Read more: Inhaling Helium Can Kill
Important: At Risk For A Heart Attack? Find Out Now.

Loriann and Justin Earp thought they were sending their daughter, Ashley Long, to the usual neighborhood sleepover when a popular party prank took her life. Ashley inhaled helium — something any 14-year-old girl might do to make her voice sound like a cartoon character — and died when the gas burst her lungs.
“Everything is good here, Mom, we’re just hanging out, having fun,” Ashley said early in the evening of Feb. 18, Mrs. Earp recalled. By 10:30 p.m., the Medford, Ore., family was in a hospital learning that Ashley died when she inhaled helium through a pressurized tank.
It is a common trick wherever helium-filled balloons are found, but it can have deadly consequences, according to Harvey Weiss, director of the National Inhalant Prevention Coalition. The group will hold a news conference Thursday in Washington to highlight the dangers. Mr. Weiss said most people are unaware of the risks and of the culture of “huffing” — the abuse of household substances by inhaling their vapors.
“That is an abuse of helium, quite frankly, because they are not using it for a medical purpose,” said Rose Ann Soloway, a clinical toxicologist at the National Capital Poison Center.
Helium is an inert gas, reacting with very little other elements. The danger to humans comes when helium displaces oxygen in the lungs.
“Inhaling helium starves the brain and other body organs of oxygen,” Ms. Soloway said. The effects include a “fast heart rate, fast breathing rate, euphoria, low blood pressure, headache, dizziness, nausea, anxiety, irregular heart rhythms, heart attack, seizures, coma and death.”
The lack of oxygen can also create a temporary high. But that is not because of the gas, but because users are not receiving any oxygen.
Thursday’s news conference will kick off National Inhalants and Poisons Awareness Week, an attempt to spotlight the abuse of household items when people “sniff” or “huff” the vapors, Mr. Weiss said.
The number of cases in which people require medical attention for inhaling helium remains relatively low, so low that the American Association of Poison Control Centers groups helium with other simple asphyxiates (gases that displace oxygen) in its National Poison Data System annual report.
The report found that 2,600 people called their local poison control center regarding simple asphyxiation in 2010. This group included people who came in contact with too much helium, and other gases such as carbon monoxide and methane.
The report shows that only 9 percent of those calls were for people who had intentionally inhaled, such as when someone put a helium-filled balloon or tank to their lips.
Of the 2,600 cases, 0.6 percent faced serious situations. Fifteen experienced life-threatening effects from the asphyxiation. Only three died.
But Ashley’s death shocked her parents. They were told she was going to a slumber party at a neighborhood friend’s house. But instead, she and her companions piled into the car of her friend’s older sister, who proceeded to take the group of girls to her house, give them alcohol and marijuana, and bring out a tank of helium.
Ashley’s parents say they never knew their daughter to experiment with alcohol or marijuana, recalling her as a girl who wrote Bible verses on her calendar and aspired to become a marine biologist. She was a girl who wanted to fit in and caved to peer pressure, they said.
Now, the parents say they want their daughter’s story to serve as a cautionary tale. They have started a foundation, Ashley’s Hope, to raise awareness about the dangers of helium.
“We are trying to make a difference so that other families don’t have to go through this,” Mr. Earp said.
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Important: At Risk For A Heart Attack? Find Out Now.

http://www.youtube.com/watch?v=8mCW7xuCFEQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=-yPgBNi0nGM&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=5B85NoyjAko

http://www.youtube.com/watch?v=xsBroLKC8c4&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=UWfWl-xJnnY&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=r7c45MUbl9Q&feature=relmfu

List of Suicides (lista de suicidados)

http://remiperron.com/listofsuicides.htm

A vida e morte de Bernard Buffet

http://en.wikipedia.org/wiki/Bernard_Buffet

sexta-feira, 30 de março de 2012

Sylvia Plath & Ana Cristina Cesar

Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, durante um dos piores invernos ingleses já registrados, a poeta americana Sylvia Plath serviu leite para seus dois filhos, Frieda (3 anos) e Nicholas (1 ano), quebrou a vidraça da janela para garantir a ventilação que salvaria a vida das crianças e trancou, vedando cuidadosamente, a porta do quarto. Após estas providências, foi até a cozinha e abriu a válvula de gás, colocando sua cabeça dentro do forno, não era a primeira vez que ela tentava o suicido, mas desta vez foi bem sucedida. Sylvia Plath tinha apenas 31 anos.
Os principais poemas de Sylvia Plath (1932 - 1963) foram escritos nos seus últimos meses de vida, após a separação do marido e poeta inglês Ted Hughes, em 1962. Estes poemas foram publicados no livro “Ariel’ dois anos após sua morte.
Em um de seus poemas finais, “Lady Lazarus”, incluído em “Ariel” ela escreveu profeticamente: ''Dying / is an art, like everything else. / I do it exceptionally well''.
Adicionalmente, Hughes publicou três outros livros póstumos de Sylvia Plath, incluindo “Collected Poems”, que recebeu o prêmio Pulitzer de 1982. Pela primeira vez o prêmio Pulitzer de poesia foi concedido para um poeta de maneira póstuma.

Words
(Sylvia Plath)

Axes
After whose stroke the wood rings,
And the echoes!
Echoes travelling
Off from the center like horses.

The sap
Wells like tears, like the
Water striving
To re-estabilish its mirror
Over the rock

That drops and turns,
A white skull,
Eaten by weedy greens
Years later I
Encounter them on the road —

Words dry and riderless,
The indefatigable hoof-taps.
While
From the bottom of the pool, fixed stars
Govern a life.

Palavras
(Sylvia Plath)

Golpes,
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.

A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
sobre a rocha

Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro

Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto
Do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.

Traduzido por Ana Cristina Cesar
in Escritos da Inglaterra, Ed. Brasiliense, Brasil, 1988, p. 173)
A poeta e tradutora brasileira Ana Cristina Cesar (1952 - 1983) desenvolveu um de seus melhores trabalhos ao traduzir as poesias de Sylvia Plath e o exemplo acima não deixa dúvidas quanto à qualidade da tradução.
Praticamente vinte anos após a morte de Sylvia Plath, no dia 29 de outubro de 1983, Ana Cristina Cesar conseguiu chegar ao mesmo objetivo, atirando-se do apartamento dos pais, na segunda e última tentativa de suicídio. Ela tinha apenas 31 anos.
O destino foi semelhante com essas duas mulheres que não conseguiram viver, mas expressaram sua dor da forma mais pura possível, como no poema abaixo de Ana Cristina Cesar.

Olho muito tempo o corpo de um poema
(Ana Cristina Cesar)

Olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas


quarta-feira, 28 de março de 2012

Ramon Sampedro de Mar Adentro - Documental completo - Derecho a Morir, Eutanacia, Suicidio Asistido

Mar Adentro. The Sea Inside. 1 of 9

Clínica de Suicídio Assistido na Suíça

Deus Pan



FRASES SOBRE A MORTE

"Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz." (Tom Jobim)

"Vale à pena morrer; fugir do mundo As trilhas da selvática aspereza, E mergulhar de novo no profundo Abismo da profunda natureza." (Júlia Cortines)

"Os homens temem a morte como as crianças temem ir no escuro; e assim como esse medo natural das crianças é aumentado por contos, assim é o outro." (Francis Bacon) - sobre o livro macabro que os hipócritas cristãos dizem seguir.

"Não é de morrer que tenho medo. É de não vencer." (Jacqueline Auriel)

"Todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer." (Autor desconhecido)

"Morrer, só se morre só. O moribundo se isola numa redoma de vidro, ele e a sua agonia. Nada ajuda nem acompanha." (Rachel de Queiroz)

"Se deixo errar meus pensamentos, não encontro ninguém. O melhor, afinal de contas é a morte." (Lou Andreas Salomé)

"- A vida vale a pena? Isso não é pergunta que se faça a um homem, mas a um embrião." (Samuel Butler)

"Senhor, ensina-me a viver de modo a temer o túmulo tão pouco quanto minha cama." (Thomas Ken)

"A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística."
(Autor desconhecido)


"Começamos a morrer no momento em que nascemos, e o fim é o desfecho do início." (Marcus Manilius)

"Primeiro, morrem nossos prazeres; depois, nossas esperanças; depois nossos temores. E, então, nossa dívida vence: O pó reivindica o pó, e morremos por nossa vez." (P. B. Shelley)

"Não acredito em vida após a morte, por isso não preciso passar toda minha vida temendo o inferno, ou temendo o céu mais ainda. Quaisquer que sejam as torturas do inferno, penso que a chatice do céu seria ainda pior." (Isaac Asimov)

"É uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde."
(Clarice Lispector)


"Para cada homem que morre de morte natural, 99 morrem pelo mau-olhado." (Talmude)

"Estou prestes a iniciar minha última viagem, um salto terrível no escuro." (Thomas Hobbes)

"Os deuses escondem dos homens a beleza da morte para leva-los a agüentar a vida." (Lucan)

"Congratulamo-nos, às vezes, no momento em que despertamos de um sonho lúgubre. Poderia ser assim no momento que segue a morte."
(Nathanael Hawthorne)


"A última cena é sempre trágica, pouco importa quão felizes tenham sido as outras: um pouco de terra é jogada por cima de nossa cabeça e é o fim para todo o sempre." (Blaise Pascal)

"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar."
(Charles Chaplin)


Antonin Artaud - Sur le suicide


terça-feira, 27 de março de 2012

Donnie Darko ( 2001) Part 1

i luv diz song nd any purzon who wantz 2 judge ppl 4 feeling like thiz about their OWN lives cn shove their oppinionz up their buttz cuz nt all of us like pretending like we hav a perfect life cuz in reality nobody does ;)

Rezso Seress - Hungarian Suicide Song



The Hungarian Suicidal Song (Gloomy Sunday.) By Reszo Seres. Apparently hundreds of suicides have been reported in cases where people listened to this song.



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Navegando e explorando este mundo infinito que é a web acabei encontrado a história do jovem Vinícius, a.ka Yoñlu. Ele é um caso à parte do submundo da internet e da qual devemos tomar cuidado. Serve de lição para pais e futuros pais que porventura leêm este blog. O texto abaixo foi adaptado de uma reportagem da revista Época. Leia abaixo:
Quem foi
Yoñlu é o apelido que o brasileiro Vinícius Gageiro Marques usava na internet. Vinícius foi estimulado ao suicídio e auxiliado por pessoas anônimas na internet. Ele é a primeira vítima conhecida no Brasil de um crime que tem arrancado a vida de jovens de diferentes cantos do mundo – uma atrocidade que poderia ser chamada de Suicídio.com.
Vida e personalidade
Filho único do casamento de um professor universitário que foi secretário de Cultura do Rio Grande do Sul com uma psicanalista, ele teve todo o estímulo para desenvolver inteligência e sensibilidade. Alfabetizou-se em francês quando a mãe fazia doutorado em Paris. Ele era um garoto superdotado, descrito como “extraordinariamente inteligente” e “extremamente sensível”. Vinícius era um garoto de 1,83 metro de altura, magro e bonito. Mas não era essa a imagem que via. Em alguns momentos, segundo o inquérito, sentia que seu corpo se desintegrava, que seu rosto estava deformado. Procurava então um espelho para ter certeza de que estava ali. Na escola, quando tinha essa sensação, levava um CD para poder se olhar sem chamar a atenção. Aos 12 anos, ele já lia Kafka.
O Plano
Vinícius criou uma fantasia para enganar os pais: a de um adolescente “normal”. Disse a eles que queria fazer um churrasco para os amigos, que estava interessado numa “guria”, que preferia não ter os pais por perto. Dias antes, pediu ingresso para um show que aconteceria depois de sua morte, iniciou um tratamento de pele, foi ao supermercado comprar a carne. A mãe arrumava a mesa para o churrasco de ficção.
Por volta de 11h15, os pais saíram do apartamento que ocupa três andares de um prédio da família, num bairro de classe média de Porto Alegre.
Por volta das 12 horas Vinícius ligou para o celular da mãe, avisando que os amigos tinham chegado e que estava “tudo bem”.
Às 13 horas, os pais deixaram o violão, que estava no conserto, na portaria do prédio. Vinícius foi buscá-lo.
O que aconteceu depois foi gravado por Yoñlu no computador. Às 14h28, ele postou num grupo de discussão, sempre em inglês: “Estou fazendo esse método CO (suicídio por inalação de monóxido de carbono) neste momento e tenho duas grelhas queimando no banheiro. Aqui está a foto. Alguém pode me dizer se há carvão suficiente e quando eu posso entrar no banheiro e me deitar? Por favor, por favor, me ajudem! Eu não tenho muito tempo”.
A foto mostra duas churrasqueiras portáteis com chamas, uma ao lado da outra, num banheiro. Às 14h42, alguém diz: “Como você está se virando? Espero que você consiga o que quer. Talvez você volte daqui a pouco tossindo”. Dois minutos depois, Yoñlu escreve: “Ah, meu Deus. Eu não consigo suportar o calor, está tremendamente quente naquele banheiro. O que eu devo vestir para se tornar mais suportável? Eu tomei uma ducha antes, mas não adiantou nada. O que eu posso fazer? E o que eu devo fazer para desmaiar, por Deus?”. Um bombeiro aposentado de Chicago, segundo o inquérito policial, orientou Yoñlu a retirar as roupas, encharcar algum pano e se enrolar nele para suportar o calor até o momento de desmaiar.
O último post de Yoñlu, foi às 15h02. Muito tempo depois, alguém escreveu: “Acho que funcionou, já que ele não entrou mais em contato”.
Corrida contra o tempo
Às 15h45, o policial federal Enrico Canali, de Porto Alegre, foi chamado ao telefone porque era fluente em inglês. No outro lado da linha estava o policial Ken Moore, de Toronto, no Canadá. Lindsey, uma universitária canadense, amiga virtual de Yoñlu, procurou a polícia de sua cidade para avisar que alguém no sul do Brasil estava se suicidando. Deu o endereço de Vinícius, obtido com outro amigo virtual. Canali acionou a Polícia Militar.
Os PMs Volmir da Silva Ramos, sargento, e Fernando Hermann Heck, soldado, foram chamados pela central. Eram 16h10. A zeladora do prédio demorou 15 minutos para deixá-los entrar, assustada com a presença da polícia narrando uma história que soava absurda. Chamou o avô de Vinícius, que morava em outro apartamento do mesmo prédio. Durante cerca de uma hora, o serviço médico tentou reanimar Vinícius. Sem sucesso.
Vinícius e Yoñlu, morreram por asfixia por volta das 15h30 de uma quarta-feira de inverno no dia 26 de julho de 2006.
A Carta
Eis alguns fragmentos da carta deixada por Yoñlu aos pais.
“Não pensem de forma alguma que eu quis lançar-lhes algum tipo de culpa por terem, de certa forma, ‘assistido’ a minha morte. Não havia nada que pudesse ter sido feito para impedir isso”.
“Não houve churrasco, não havia colegas nem guria que eu goste. Peço desculpas pela maneira trapaceira com que arranjei meu suicídio. Peço desculpas também pela maneira assustadora com que a notícia chegará a vocês. Foi a maneira que encontrei de garantir um dia inteiro sozinho a fim de conduzir o procedimento da maneira mais segura”.
“Para garantir uma margem segura de tempo, inventei a história do churrasco, pedindo para que vocês saíssem de casa durante todo o dia. (...) Essa medida fez com que o churrasco de hoje parecesse um grande progresso no que tange a minha condição psíquica, quando na verdade era justamente o contrário”.
“O método que escolhi foi intoxicação por monóxido de carbono, é indolor e preserva o corpo intacto, mas demora, e se a pessoa é resgatada antes de morrer fica com graves lesões cerebrais e torna-se um vegetal”.
“O computador está cheio de material sobre mim para vocês lerem se quiserem. Todas as minhas conversas no MSN estão gravadas. Eu tinha um blog em http://yonnerz.blogspot.com. Todas as minhas músicas estão salvas...”.
“Se conseguirem enxergar além da ótica da paternidade, verão que nada de especial aconteceu no dia de hoje. O mundo continua igual. (...) Espero que não tenha ficado nada pendente”.
CD
Vinícius deixou salvo em seu PC mais de 60 músicas. Vinícius aprendeu a tocar bateria aos 4 anos, depois piano e violão. Na porta do quarto grudava um cartaz: “Gravando”. Uma vez chamou a mãe para ajudar na canção “Tiger”, faixa 14 do CD: o aparelho nos dentes não permitia que ele gravasse o assobio. Seu CD foi lançado em fevereiro de 2008 pela Allegro Discos, com 23 músicas de sua autoria. Parte delas foi entregue aos pais na forma de uma herança às avessas: “Deixei na mesa do computador um envelope vermelho da Faber-Castell que contém um CD com algumas de minhas músicas”. As letras das músicas você pode conferir no Letras.terra.
"Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios’’ . Yoñlu


Outros Casos de Suicídio na Internet
Simon Kelly, 18 anos
O suicídio de Simon Kelly, de 18 anos, em Cornwall, na Inglaterra, foi um dos primeiros sinais de que algo de macabro estava acontecendo no reino da internet. No verão de 2001, o garoto aproveitou uma viagem dos pais para acessar sites sobre suicídio com detalhes técnicos de como poderia se matar. Morreu de overdose enquanto conversava com “amigos” virtuais em uma sala de bate-papo. Ninguém tentou dissuadi-lo ou buscou ajuda. Simon respondeu: “Fiz isso no domingo. Vejo vocês do outro lado”. A morte foi transmitida pela câmera do computador.
Megan Meier, 13 anos
Megan Meier, uma adolescente americana de 13 anos, foi uma vítima da mais banal das maldades, cuja potência de destruição foi multiplicada na internet. Depois de receber mensagens hostis de um “amigo” virtual no site de relacionamento MySpace, Megan subiu ao 2o andar da casa e se enforcou com um cinto no closet. Josh Evans, um garoto musculoso de 16 anos, louco por pizza, tinha dito a ela: “Você é uma pessoinha de m.... O mundo seria bem melhor sem você nele”. O detalhe: Josh nunca existiu. Era uma criação coletiva de suas vizinhas para se divertir com a menina gordinha.
Thiago de Arruda, 19 anos, Brasil
Março de 2007. Thiago de Arruda, estudante de Educação Física, foi atacado em uma comunidade do Orkut cuja principal missão era fazer fofocas sobre os moradores da cidade. Chamavam Thiago de “homossexual e pedófilo” na internet. O ataque atravessou as paredes virtuais da rede, e ele passou a ser agredido nas ruas de Ponta Grossa no Paraná. Thiago escreveu na internet que, se as agressões continuassem, ele se mataria. Um internauta disse que ele deveria mesmo se matar e ensinou o mesmo método usado por Vinícius: inalação de monóxido de carbono. Thiago foi encontrado morto na garagem de sua casa. Cinco pessoas foram identificadas pela polícia. Ninguém foi preso.
Estatísticas

Somente em 2005, 91 pessoas, a maioria entre 20 e 30 anos, suicidaram-se no Japão, estimuladas por sites na internet. Apenas em um mês, março de 2006, houve três casos de suicídios coletivos combinados em fóruns virtuais no país: 13 internautas morreram. Em 2007, 14 jovens da região de Bridgend, no sul do País de Gales, se mataram. Alguns deles estavam ligados por um site de relacionamento que difundia uma idéia “romântica” do suicídio. O mais velho tinha 26 anos. Nos últimos seis anos, a Papyrus, entidade dedicada à prevenção do suicídio, registrou 27 mortes incentivadas pela internet apenas na Grã-Bretanha.

Crédito: revistaépoca

http://www.safernet.org.br/site/noticias/adolescente-ga%C3%BAcho-tem-morte-assistida-pela-internet

domingo, 25 de março de 2012

A história de Jeremy (bullying)

O suicídio entre os Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul

O suicídio entre indígenas Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul, especialmente na região da Grande Dourados, é tema controverso de grande repercussão na mídia nacional e internacional. Também tem chamado à atenção de vários pesquisadores (antropólogos, educadores, epidemiologistas, historiadores, psicólogos, psiquiatras etc.) que se propuseram a estudar o assunto. Trata-se de um fenômeno multicausal, isto é, possui múltiplas causas a depender de cada caso. Um desses fatores está ligado ao processo de territorialização a que indígenas têm sido submetidos em reservas no estado. Este é o caso de lugares onde há a conjugação de dois fatores: violação de direitos e superpopulação humana em áreas diminutas para a reprodução física e cultural dos indígenas. Isso porque antigamente eles não tinham passado por experiências traumáticas e mudanças socioculturais tão violentas e abruptas quanto agora: tentativas de disciplinamento por parte de agentes do Estado, ação intolerante de missionários religiosos, proliferação de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, diminuição da qualidade de vida e, por conseguinte, da dignidade da pessoa humana, dentre outras. Esta ideia é respaldada pelo fato de não haver registros – inclusive na memória das pessoas mais idosas – de altos índices de suicídios entre os Kaiowá e Guarani antes da segunda metade do século XX, especialmente entre os mais jovens.
Foi a partir da década de 1910 que o Estado reservou áreas, em média com 3.600 hectares, para a acomodação de comunidades indígenas distribuídas por um amplo território no antigo sul de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul. Para esses lugares foram enviadas muitas famílias vítimas de processo de esbulho nas terras que ocupavam tradicionalmente, cuja população tem crescido ano após ano. Daí compreender a ideia da hipótese do recuo impossível, isto é, do “esgotamento de qualquer possibilidade de recuar no espaço, diante da ‘civilização ocidental’”, sugerida em 1991 pelo epidemiologista Anastácio F. Morgado, da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, do Rio de Janeiro. Ou o “suicídio pelo tehohá”, o território tradicional, apontado em 1994 pela historiadora Marina Evaristo Wenceslau, atualmente docente da UEMS.
Outro fator ligado ao suicídio pode ser a maneira como setores da imprensa regional têm dado ampla divulgação aos fatos. Alguns chegam a publicar fotografias de pessoas enforcadas e até mesmo de corpos em estado avançado de decomposição. Para muitos Kaiowá e Guarani, o suicídio não é tema para ser divulgado dessa maneira, pois o ocorrido por uns pode servir de exemplo a outros, sobretudo aos mais jovens. Não por menos, portanto, eles possuem certos procedimentos para ligar com casos tipicamente suicidas, os quais não convêm tratar aqui. Ademais, matérias sensacionalistas sobre episódios dessa natureza chamam à atenção para a construção de imagens distorcidas a respeito dos povos indígenas, como se eles constituíssem sociedades decadentes, bestiais e autodestrutivas. Embora não haja consenso sobre a temática, o fato é que a preocupação dos indígenas vai ao encontro da orientação de muitos veículos de comunicação respeitados internacionalmente. A exceção parecer ser para o caso da morte de pessoas famosas, como ocorreu com Getúlio Vargas, em 24/08/1954, ou do suicídio de pessoas em locais públicos. Não se trata aqui de posicionar-se contra a liberdade de imprensa, pelo contrário, mas de chamar à atenção para a complexidade do assunto frente ao trabalho dos profissionais do jornalismo.
Com efeito, o suicídio entre os Kaiowá e Guarani é tema complexo e polêmico. Por isso mesmo deve ser tratado com cautela para o grande público e como tema relevante para as ações realizadas por órgãos do Estado e segmentos da sociedade nacional organizada. Eis aqui, portanto, um assunto para reflexões por parte daqueles que defendem a tolerância entre os povos, a vida e a dignidade da pessoa humana.
(*) Jorge Eremites de Oliveira é doutor em História/Arqueologia pela PUCRS e professor da UFGD

Suicídio - definições

O suicídio é...
               "... um ato de heroísmo." (Sêneca)
               "... um ato próprio da natureza humana e, em cada época, precisa ser repensado." (Goethe)
               "... a destruição arbitrária e premeditada que o homem faz da sua natureza animal." (Kant)
               "... uma violação ao dever de ser útil ao próprio homem e aos outros." (Rosseau)
               "... admitir a morte no tempo certo e com liberdade." (Nietzsche)
               "... uma fuga ou um fracasso." (Sartre)
               "... a positivação máxima da vontade humana." (Schopenhauer)
               "... todo o caso de morte que resulta directa ou indirectamente de um acto positivo ou negativo praticado pela própria vítima, acto que a vítima sabia dever produzir este resultado." (Durkheim)
 
          Definições teóricas se alternam, se complementam,  se contradizem: as reticências, ou mesmo um ponto de  interrogação, permanecem em desafio a uma resposta definitiva e exata. Não há uma única resposta porque o caminho do suicídio é o da ambigüidade. Nele vida e morte se encontram, se complementam, se contradizem, repetindo este movimento infinitamente como as definições do próprio termo em torno de ódio e amor, coragem e covardia, etc. Mesmo afirmativas que parecem inquestionáveis, como a de que o suicídio é resultado de angústia e sofrimento, não valem para todos os países e se tornam absurdas quando se estudam os casos de suicídio em países orientais. É comum os estudiosos do suicídio serem acusados de defendê-lo e incentivá-lo, sem considerar de maneira mais humana o drama de quem vive com suicidados na família ou com o suicídio dentro de si mesmo. A tais acusações, cabe responder que é preciso chamar a sociedade a assumir parte da responsabilidade com os suicidados o que não significa defendê-los e nem incentivar o ato suicida, mas a discussão é rica justamente porque o drama vida/morte é vivido por todos nós com nossas reflexões carregadas de sentimentos.

Suicídio - aspectos psicossociais e um pouco de história                           Volta

          É difícil precisar quando o primeiro suicídio ocorreu, mas ele parece estar sempre presente na história da humanidade. A  Enciclopédia Delta de História Geral registra  que, em um ritual no ano 2.500 a.C., na cidade de Ur, doze pessoas beberam uma bebida envenenada e se deitaram para esperar a morte. Recorrendo a livros religiosos como a Bíblia, por exemplo, é possível também encontrar os registros de alguns suicidados famosos - Sansão, Abimelec, Rei Saul, Eleazar e Judas.
 
          O suicídio de pessoas famosas foi sendo registrado, porém a história oficial ignorou os inúmeros cidadãos comuns suicidados. No entanto, historicamente, é possível constatar a maneira como a sociedade tratou os suicidados e como este tratamento foi se alternando, cabendo observar, com especial atenção, o suicídio enquanto questão política tratada de diferentes maneiras pelo Estado.
 
          Na Antiga Grécia, um indivíduo não podia se matar sem prévio consenso da comunidade porque o suicídio constituía um atentado contra a estrutura comunitária. O suicídio era condenado politicamente ou juridicamente. Eram recusadas as honras de sepultura regular ao suicidado clandestino e a mão do cadáver era amputada e enterrada a parte. Por sua vez, o Estado tinha poder para vetar ou autorizar um suicídio bem como induzi-lo. Por exemplo, em 399 a.C., Sócrates foi obrigado a se envenenar.
 
          Em outras culturas do primitivo mundo ocidental, era dever do ancião se matar para preservar o grupo cuja solidez estava ameaçada pela debilitação do espírito que habitava o corpo do chefe de família. Ocorria  "(...) uma franca indução comunitária ao suicídio, religiosamente estimulada e normativamente legitimada." (Kalina e Kovadloff, l983, p. 50)
 
          No Egito, se o dono dos escravos ou o faraó morriam, eram enterrados com seus bens e seus servos, os quais deixavam-se morrer junto ao cadáver do seu amo. Também no Egito, desde o tempo de Cleópatra, o suicídio gozava de tal favor  que se fundou a Academia de Sinapotumenos que, em grego, significa "matar juntos".
 
          Em Roma, como em Atenas, adotou-se em relação ao suicídio atitudes diferentes, legitimando a morte do senhor que se matava e condenando a morte do escravo suicidado. O senhor, um homem livre, ao se matar, exercia sobre si mesmo o direito próprio de sua condição social, amparado no espaço político pela lei pública. O escravo, porém, matando-se, ia contra a autoridade do senhorio, contestando seu poder e diminuindo seu capital, o que era contra a lei familiar predominante no espaço doméstico. O gesto suicida, glorificado no cenário político, era condenado quando se tratava de um escravo porque o valor do ato era inseparável da condição social do indivíduo. Entretanto, ao matar-se, a denúncia do escravo ia além da sua condição social e além do espaço doméstico porque colocava em xeque os valores universais de liberdade e justiça, os quais aparentavam ser exclusivos do seu senhor quando este lutava na defesa de sua cidade e de seus privilégios. De fato, é em defesa de liberdade e justiça, que Catão, chefe de clã, comete suicídio para se opor ao poder soberano de César. Mata-se para servir às leis e às liberdades da República contra a morte delas  - pelo menos as da aristocracia senatorial - imposta pelo Império Romano. O suicídio de Catão não  se constitui   em um ato que prejudica a estrutura comunitária, como afirmava  Aristóteles, mas em um ato de quem permanece fiel à sua comunidade. No Império, o Estado torna-se propriedade privada de César, onde os cidadãos são agora súditos livres para agir, mas não tão livres para morrer porque podem ter os bens confiscados em favor do Estado, penalidade esta aplicável aos militares e aos condenados ou detentos a espera de julgamento que suicidassem, desde que seus herdeiros não conseguissem demonstrar sua inocência.
 
          Se quatro séculos antes e quatro séculos   depois de Cristo  o suicídio é ora tolerado ora reprimido, sua reprovação vai se reforçando durante os primeiros séculos da era cristã até que seja totalmente condenado no século V por Santo Agostinho e pelo Concílio de Arles (452 d.C.), seguido depois pelos de  Orleans, Braga, Toledo, Auxerre, Troyes, Nimes, e culminando com a condenação expressa de todas as formas de suicídio no "Decret de Gratien", um compêndio de direito canônico do século XIII. Na Idade Média cristã, o suicídio é condenado teologicamente. A Europa cristã acaba com as diferenças entre o suicídio legal e ilegal: matar-se era atentar contra a propriedade do outro e o outro era Deus, o único que criou o homem e quem, portanto, deveria matá-lo. A vida do indivíduo deixa de ser um patrimônio da comunidade para ser um dom divino e matar-se equivale a um sacrilégio. O suicidado não tem direito aos rituais religiosos, seus herdeiros não recebem os bens materiais e seu  cadáver  é castigado  publicamente, podendo ser  exposto nu ou queimado. Os suicidados são igualados aos ladrões e assassinos e o Estado e a Igreja fazem tudo para combater os suicídios.
 
          A sociedade foi reprimindo o suicídio até a Revolução Francesa, a qual aboliu as medidas repressivas contra a prática do suicídio, o que para Kalina e Kovadloff(1983) significou que a conduta suicida deixou de comprometer a estabilidade do Estado. O suicídio assumiu, assim, um caráter que oscila entre o quase clandestino, ou francamente clandestino, e o patológico. É um gesto solitário, dissimulado, uma transgressão. Eles escreveram:
 
"Entre a pessoa e a comunidade começou a se abrir, em meados do século XVIII, uma distância que duzentos anos mais tarde terminará constituindo as múltiplas formas de incomunicação contemporânea. Por isso, mais que um ato de indulgência estatal frente ao indivíduo, deve-se ver nesta liberalização progressiva das normas punitivas com respeito ao suicídio uma expressão de irrelevância social que começa a pesar sobre a pessoa. Ou seja, não se contempla o suicídio com tolerância porque se o compreende, mas porque já não se lhe atribui maior transcendência coletiva." (Kalina e Kovadloff, l983, p. 54)
 
       O estudo de Durkheim(1987), analisando os suicídios ocorridos no século passado, tornou-se obra clássica da sociologia por chamar a atenção sobre a significação social do suicídio pessoal - o suicídio é uma denúncia individual de uma crise coletiva. Já o estudo de Kalina e Kovadloff merece destaque porque parte  da  premissa de que em cada sujeito que se mata fracassa uma proposta comunitária. Eles analisam a sociedade atual com clara intenção de entender o suicídio como existência tóxica. A existência tóxica é a vida vivida de forma que o ser humano esteja se matando no cotidiano, todos se matando em comum acordo  através de uma maneira de viver perigosa para a saúde. Uma existência tóxica é uma vida envenenada porque vive daquilo que a aniquila, promove e perpetua a alienação humana  e fomenta o apoio às contradições que a destrõem. Para tanto, multiplicam-se as condutas autodestrutivas como o armamento nuclear, a contaminação do planeta e, até mesmo, a despersonificação urbana do homem contemporâneo. Enquanto na concepção clássica  o suicídio é o ponto final de um processo, Kalina e Kovadloff(1983) afirmam que o suicídio é o processo em si mesmo.
 
          O fato é que, apesar da Revolução Francesa ter abolido as medidas repressivas contra a prática do suicídio, aparentando que a conduta suicida não compromete a estabilidade do Estado, uma observação primeira da relação suicidado-sociedade indica que há um movimento social organizado de prevenção ao suicídio, o qual mobiliza os poderosos meios de comunicação modernos e instituições como, por exemplo, o CVV-Centro de Valorização da Vida. Ou seja,  há um confronto latente na complexa estrutura social moderna  entre dois movimentos: o dos suicidados e outro que se lhe opõe.
 
          Partindo do pressuposto que o suicídio é um processo em si mesmo que não termina com a morte e, ainda, que o suicídio é um gesto de comunicação entende-se que o indivíduo se mata para relacionar-se com os outros e não para ficar só ou desaparecer. A morte é o único meio que o sujeito encontra para restabelecer o elo de comunicação com os outros.
 
          Fernando Sabino(1986), na crônica intitulada "Suíte Ovalliana", conta que Jayme Ovalle, questionado a respeito do suicídio, disse: "É um ato de publicidade: a publicidade do desespero."(p. 144) Desde dezembro de 1990, a publicidade do desespero dos índios guaranis de 16 a 22 anos, em Mato Grosso do Sul, ocupa as páginas dos  jornais brasileiros, obrigando as autoridades governamentais a se interessarem  por esta crescente onda de suicídios por enforcamento e por ingestão de veneno.
 
          A questão a ser discutida é: não é o suicídio um gesto de comunicação, a transmissão de uma mensagem individual para a sociedade? A resposta violenta do suicidado é sua busca em comunicar-se, transformando-se,  porque a sociedade não lhe permitiu antes que o fizesse. Quando lhe foi impossibilitado comunicar-se, cortaram-lhe também sua influência sobre a sociedade, a qual se restabelece através de seu gesto suicida, mesmo que não seja uma pessoa famosa.
          Note-se que o termo "suicida" não clarifica qual é a condição do indivíduo. Por isto, é preciso fazer uma distinção entre os termos "suicidando" - aquele que ameaça e/ou tenta suicídio e que pode ser chamado de ameaçador ou tentador; e "suicidado" - aquele que efetivamente se matou.
 
          O suicidado pratica um ato de comunicação e não um gesto solitário e que, além de tudo, é uma comunicação para uma sociedade que o impede de comunicar-se de outras formas que não seja através deste gesto.

SUICÍDIO - TRAMA DA COMUNICAÇÃO
Dissertação de Mestrado, 1992, Psicologia Social, PUC-SP
Autor: Marcimedes Martins da Silva

Big Wave

Os animais cometem suicídio? Pelo que se saiba não, pois até hoje nenhum etólogo (estudioso do comportamento animal) achou uma evidência de que os animais busquem intencionalmente pôr fim a seus dias
Revista Mundo Estranho04/2010 Yuri Vasconcelos e Lauro Henriques Jr.
 
Segundo os especialistas, a própria evolução seleciona os seres que tenham mecanismos de sobrevivência, e não o contrário, de interrupção da vida. "O suicídio é uma prerrogativa humana, e não dá para ampliar para os demais animais", diz o etólogo Gelson Genaro, do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto (SP). Casos famosos de "suicídio" entre os bichos, como os escorpiões que se matariam quando acuados num círculo de fogo, não passam de lendas.

Mesmo situações em que o animal se deixa devorar pelos filhotes, para que eles não morram de fome, não são consideradas morte voluntária. "Oferecer o próprio corpo como alimento para a prole é um jeito de garantir a sobrevivência, não é suicídio", afirma o etólogo César Ades, da Universidade de São Paulo (USP). Veja a seguir alguns comportamentos extremos dos bichos, que são facilmente confundidos com suicídio.

PARECE, MAS NÃO É
Alguns animais dão a impressão de tirar a própria vida, mas a explicação do "crime" é outra:

EMPURRA-EMPURA FATAL
Vítima -
Os lemingues são pequenos roedores herbívoros, com até 15 cm de comprimento, que vivem na Escandinávia e em áreas próximas ao Polo Norte, reproduzindo-se com facilidade
"Lenda mortis" - Quando a população aumenta muito, eles se suicidariam pulando de penhascos, num mecanismo de autorregulação
Laudo final - O que ocorre é que, nesses picos populacionais, ao se deslocarem desordenadamente em bandos, muitos indivíduos caem do precipício onde vivem, empurrados pelos que vêm atrás

PICADINHO FRITO
Vítima - Escorpiões
"Lenda mortis" - Os escorpiões se matariam quando aprisionados em um círculo de fogo, lançando seu ferrão contra o próprio corpo
Laudo final - O fato é que, numa situação como essa, o bicho fica agitado por causa do calor e perde o controle da cauda, que pode se voltar sobre o próprio corpo. Mas o que mata mesmo o animal é a desidratação provocada pela alta temperatura

SEXO NADA SEGURO
Vítima -
Louva-a-deus
"Lenda mortis" - Os louva-a-deus machos seriam românticos inveterados, que fariam de tudo para garantir uma noitada de amor com a parceira, inclusive dar o próprio corpo para ser devorado por ela após o ato sexual
Laudo final - A morte não tem nada de romântica, muito menos de intencional. Bem menor do que a fêmea, o macho se aproxima cuidadosamente por trás na hora da cópula. Mas, quando a transa termina, ele tem que escapulir rapidamente, senão a fêmea devora seu corpo - ela faz isso para ficar bem alimentada, garantindo o desenvolvimento das crias que serão gestadas

TRAGÉDIA TEATRAL
Vítima - Algumas espécies de aves
"Lenda mortis" - Diante do ataque de um predador, algumas aves se arrastam no chão, simulando uma asa quebrada, como se fossem uma presa mais fácil. Durante a encenação, os filhotes têm tempo de escapar. Acontece que, muitas vezes, o predador acaba abocanhando o pássaro fingidor, o que revelaria um comportamento suicida
Laudo final - Para os especialistas, contudo, não se trata de suicídio, mas, assim como no caso das aranhas europeias, de um comportamento extremo visando a perpetuação da espécie

SALTO MORTAL
Vítima -
Bisões
"Lenda mortis" - Um dos episódios mais marcantes de morte em massa de animais aconteceu nos EUA, por volta de 1870. Durante uma nevasca, cerca de 100 mil bisões despencaram para a morte de um penhasco de 1 000 m de altura. Para muitos, foi suicídio coletivo
Laudo final - Até hoje os cientistas não conseguem explicar as causas do fenômeno, mas nenhum deles endossa a teoria suicida. O que se sabe é que, naquela época, havia uma política estatal de extermínio desses animais, pois, com isso, o governo americano enfraqueceria as comunidades indígenas que tinham nos bisões sua principal fonte de alimento

DESORIENTAÇÃO ESPACIAL
Vítima - Baleias
"Lenda mortis" - Vira e mexe, os jornais noticiam que dezenas de cetáceos encalharam em alguma praia do planeta, num movimento aparentemente intencional que revelaria um suicídio em massa
Laudo final - De acordo com os estudiosos, fatores como doenças, poluição do mar, ruído de atividades navais ou pesquisas para exploração de petróleo podem gerar uma confusão espacial nas baleias e interferir em sua comunicação, causando esses trágicos incidentes

AMOR DE MÃE
Vítima - A aranha europeia (Stegodyphus lineatus), que é encontrada na costa mediterrânea da Europa e alimenta os filhotes regurgitando comida para eles
"Lenda mortis" - Caso a comida fique escassa, a mãe, num ato extremo, se mataria oferecendo o próprio corpo para ser devorado pelas crias
Laudo final - Segundo os cientistas, dar o próprio corpo como alimento - fenômeno conhecido como matrifagia - não é suicídio, mas um meio de garantir a perpetuação da espécie.

sábado, 24 de março de 2012

The Suicide Manual [Full Movie]

O manual do suicídio



Suicídio de Santos Dumont

Alberto Santos Dumont tirou a própria vida em um quarto do Grande Hotel de La Plage, Guarujá, em 1932. O motivo, dizem alguns, teria sido uma profunda depressão causada pela constatação de que o avião, seu invento, estava sendo usado para fins militares. Virara um instrumento de morte e destruição.

Image Detail
Há testemunhas que juram ter visto o inventor presenciar um bombardeio na ilha da Moela, Guarujá, em frente à praia do Grand Hotel, pouco antes de recolher-se a seu quarto para enforcar-se, com a própia gravata segundo alguns, com o cinto do roupão de banho, segundo outros.
Há quem diga que o motivo do suicídio foi uma desilusão amorosa. Alguns dizem que seu sobrinho e companheiro, Jorge Dumont Villares, o abandonara.
Outros dizem que a cantora lírica Bidu Sayão, casada com Walter Mocchi, visitava Santos Dumont no Grand Hotel. Há mesmo quem diga que o inventor era apaixonado por Yolanda Penteado.
O fato é que Alberto Santos Dumont não desceu para almoçar em 23 de julho de 1932. Os funcionários do hotel arrombaram a porta do quarto 152 (onde Dumont se hospedava, reservando o quarto 151 para seu sobrinho, Jorge) encontrando o inventor já sem vida.
Quatro anos antes, em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont voltava ao Brasil bordo do navio Cap Arcona e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem. Pretendiam lançar uma mensagem de boas vindas em um paraquedas e estavam todos à bordo de um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação.
Depois de uma manobra desastrada, o avião caiu no mar matando todos os seus ocupantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.
Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão. Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus.
A insistência em creditar aos irmãos Wright a invenção do avião incomodava Santos Dumont, que levou seu 14 Bis ao ar em outubro de 1906, sem recorrer a qualquer artifício. Os americanos voaram somente em 1908 e seu aparelho alçava vôo apenas com o auxílio de uma catapulta.
Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à família do inventor para que esta tomasse alguma providência. Jorge Dumont Villares foi buscar o tio na Europa e passou a ser seu inseparável companheiro no Brasil.
Em São Paulo, Alberto Santos Dumont ia à Sociedade Hípica Paulista e ao Clube Athlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal O Estado de São Paulo. Recebia também a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, para tratar de sua delicada saúde.
Lá, Santos Dumont passou seus últimos dias, passeando pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos Dumont chorando na praia após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões "vermelhinhos", leais ao Governo Federal, na ilha da Moela.
Algum tempo depois, naquele mesmo dia, o inventor teria tirado a própria vida em seu quarto no Grande Hotel. Um pouco antes recebera a visita de Edu Chaves, com quem havia conversado sobre o bárbaro destino da aviação.
A certidão de óbito do inventor ficou "sumida" por 23 anos. Quando foi encontrada, dava como "causa mortis" de Santos Dumont um suposto "colapso cardíaco". Não ficava bem o herói nacional ter cometido suicídio.
O próprio Governador da época, Dr. Pedro de Toledo, determinou: "Não haverá inquérito. Santos Dumont não se suicidou." Cumpridas as ordens do Governador, somente a 3 de dezembro de 1955 seria registrado o óbito.
Santos Dumont entrou em depressão ao ver seu invento sendo usado para lançar bombas sobre inimigos de guerra.
Imaginem o que ele sentiria se pudesse presenciar as cenas que o mundo todo viu, de aviões civis sendo atirados contra as torres do World Trade Center e contra o Pentágono, em covardes ações terroristas.
Fonte: www.sobreasondas.com

Filme- As horas (Download do filme completo). Filmaço.

The Hours

The story of how the novel "Mrs. Dalloway" affects three generations of women, all of whom, in one way or another, have had to deal with suicide in their lives

http://www.movie2k.to/The-Hours-watch-movie-398535.html

quinta-feira, 22 de março de 2012

O cansaço me consome

Sou a mulher mais cansada do mundo. Fico cansada assim que me levanto. A vida requer um esforço de que me sinto incapaz. Por favor passa-me esse livro pesado. Preciso de pôr qualquer coisa pesada sobre a cabeça. Necessito constantemente de pôr os meus pés sob almofadas para que consiga continuar na terra. De outro modo sinto-me partir, partir a uma velocidade tremenda, tão leve me sinto. Sei que estou morta. Logo que pronuncio uma frase a sinceridade morre e torna-se numa mentira cuja frieza me gela. Não me digas nada, vejo que me entendes, mas tenho receio dessa compreensão, tenho medo de encontrar alguém semelhante a mim e ao mesmo tempo desejo-o. Sinto-me tão definitivamente só, mas tenho tanto medo que o isolamento seja violado e eu não seja mais o cérebro e a lei do meu universo. Sinto-me no grande terror do teu entendimento, meio por que penetras no meu mundo; e que, sem véus, tenha então que partilhar o meu reino.

Caravelas

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar!Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou nesse mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada
E as torres de marfím que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar morto:
Mar sem marés,sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Aí quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida,e não voltaram!...

Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive.
Florbela Espanca


Estou cansada. Meu cansaço vem muito porque sou pessoa extremamente ocupada: tomo conta do mundo.

(in: Água Viva)
Clarice Lispector

Não sei se quero descansar,por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir
Clarice Lispector

Estou cansada. Vazia. Desgastada, o coração desgasta de sofrer, sei disso.
Lya Luft

O QUE HÁ

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas
Essas e o que falta nelas eternamente
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,

Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos

Mas o pior é o súbito cansaço de tudo. Parece uma fartura, parece que já se teve tudo e que não se quer mais nada.
Clarice Lispector

Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer ou não sabe querer. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só fecho os olhos e lembro de você me pedindo sem graça para eu não deixar ninguém ocupar o lugar da minha canga. Tudo o que eu mais queria, por trás de todos esses meus textos tão modernos, sarcásticos e malandros, era de alguém que me pedisse para guardar o lugar. Tá guardado. O da canga e de todo o resto.
Tati Bernardi

Acontece-me às vezes, (...) um cansaço tão terrível da vida que não há sequer hipótese de dominá-lo.
Fernando Pessoa

Estou cansada de tanta gente me achar simpática. Quero os que me acham antipática porque com esses eu tenho afinidade: tenho profunda antipatia por mim.
O que farei de mim? Quase nada. [...] Há um limite de se ser. Já cheguei a esse limite.
Clarice Lispector

Dormir não é suficiente. Eu não estou cansada de ver. Estou cansada de enxergar.
Verônica H.

" Cansada de palavras vazias, sentimentos falsos, sorrisos forçados e abraços frios".
Flávia

O suicida não deseja a morte. A sobrevida talvez. O cansaço de ser.
Apagar a lembrança quase intermitente do que é. Ele morre para pontuar.
E colocar um ponto infeliz ao final de sua história.
Hermit


quarta-feira, 21 de março de 2012

Transtorno bipolar - depoimento de Cássia Kiss

Pessoas submissas

Submissão


:: Saul Brandalise Jr. ::
Quando escrevi sobre desapego e também sobre a força do apego, imediatamente me veio a intuição de escrever sobre uma postura terrível que nos faz estacionar em nossa evolução. Submissão seria o tema.
Muitas pessoas confundem a submissão com excessiva educação. Com uma postura cordata em qualquer sentido.

Primeiro vamos entender e prestar bem atenção ao sentido da palavra:
SUBMISSÃO significa estar disposto a fazer a vontade de outra pessoa, mesmo que esta vontade vá contra os nossos próprios desejos e interesses. Ser submisso exige muita humildade, pois significa reconhecer a autoridade de outra pessoa. A etimologia da palavra -seu sentido ORIGINAL- é "estar abaixo da missão" de outra pessoa. Mas vale lembrar que não se pode confundir ETIMOLOGIA com SIGNIFICADO, sob pena de acharmos que um PEDÓFILO é um "amigo das crianças". Assim, em escritos ANTIGOS (como a Bíblia, por exemplo) "submisso" significará "debaixo da missão", pois esse era seu sentido naquela época. Hoje o significado é outro, e tem a ver apenas com obediência inquestionável.

Por outro lado, quem aceita a submissão pode estar sendo humilhado, pode ser um derrotado que já perdeu a vontade de viver, ou até mesmo pessoa que se acomoda e vive em uma posição inferior. Desempenha o seu dia a dia fazendo exatamente o que o outro quer sem questionar ou reclamar. Alguns estão tão acostumados a serem serviçais que tudo executam e até de maneira dócil.
Alguns casamentos acabam por isso. Um dos parceiros não se posiciona, se torna submisso e quando acha que está na hora de gritar independência a relação acaba. Portanto, na vida real, ser submisso é não ter opinião própria, ou ainda, ter, mas não se posicionar frente a ela. Ter medo das consequências em cima de sua postura.

Quantas coisas gostaríamos de realizar, de fazer, mas não iniciamos por submissão, por medo ou mesmo por estarmos nos acostumando ao conceito que a vida é coisa de um ser superior que tudo domina, julga e que as coisas acontecem como ele quer. A nós caberia sermos submissos e aceitar que tudo seja da forma e maneira que ele determina. EQUIVOCO.
O processo de evolução de um ser humano exige que ele passe por todo o Zodíaco e que em cada signo aprenda as características inerentes a ele. Portanto, a submissão é o maior entrave desta evolução. É o mesmo, exemplificando, que repetir o ano em uma cara faculdade de medicina, por parte de um aluno cuja família luta muito para mantê-lo na Universidade. Um verdadeiro desperdício, portanto. Cada dia precisa ser encarado como um PRESENTE. Por isso o momento atual se chama presente.

É preciso lutar, decidir se superar a cada novo dia. Fazer com que hoje sejamos melhores que ontem e piores do que amanhã. Este é o caminho da evolução e a única maneira para conseguirmos superar os obstáculos da terra, que é conhecida como o ÚTERO DO UNIVERSO. Aqui nascemos em todos os signos. Aqui evoluímos de Áries a Peixes e desta maneira nos preparamos para a grande jornada na busca de nossa LUZ própria.

Somos DEUSES em desenvolvimento. Senhores de nossos destinos e donos de nossas verdades. Possuímos todos o mesmo potencial. Todos poderemos atingir a plenitude, mas para que isso aconteça precisamos abandonar qualquer tipo de submissão.
As pessoas que nos acompanham em uma encarnação não necessariamente serão nossos parceiros em outra. Portanto, eles representam nossos testes. Precisamos saber conviver com eles e com os problemas que causam em nossas vidas. Assim, em cada vida estaremos aprendendo o que precisamos aprender. Ninguém tem dor maior do que consegue suportar. Ninguém tem mais do que precisa para chegar à sua evolução.

Quem muito tem em uma vida pouco poderá ter em outra. Para tanto basta não saber usar, não saber conseguir. O método de como supero meus obstáculos tem que ser correto. Não posso crescer com o sofrimento do outro. É muito verdadeiro que os recursos de nossa próxima encarnação nós estamos semeando agora.
É com nossas atitudes que determinamos o nosso futuro. Temos o Livre-Arbítrio e com ele a possibilidade de mudarmos as nossas colheitas neste exato momento. Ficar submisso, portanto, é interromper esta colheita, este aprendizado.
Quantas coisas gostaríamos de realizar, mas muitas vezes nos posicionamos, submissos, à sociedade, à família, a um chefe ignorante, a uma religião, ao meio em que vivemos.
Todas as pessoas permitem tornar-se submissas. É mais fácil ser assim do que lutar. Para ser submisso basta perder o amor-próprio e achar que um deus quer assim. Ao contrário, para evoluir é preciso lutar, vencer-se, fazer as coisas de maneira correta e derrotar o nosso maior inimigo: Nós mesmos.
Hoje sou submisso a duas coisas, minha consciência e meu travesseiro. Minha consciência sou eu, com meus valores. Meu travesseiro é o meu descanso. Feliz daquele que consegue deitar e dormir... Este é o maior sinal de consciência tranqüila e... zero de submissão.
Sei que nos veremos.

Métodos de suicídio

http://en.wikipedia.org/wiki/Category:Suicide_methods
http://en.wikipedia.org/wiki/Hanging
TRANSTORNO ANSIOSO

Este é sem duvida o mais comum e característico transtorno emocional de nossos tempos. Como foi dito em outro texto ansiedade e medo são parentes próximos, originários de uma mesma raiz do funcionamento mental. A característica externa, visível fundamental o transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem que as coisas acabem rápido que elas se concluam. Isto acontece pois o sentimento interior inconsciente é de medo, de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer, que algo não vai dar certo e que por isto ele deve se apressar para que o fato no qual ele esta envolvido se conclua rapidamente para que ele possa se ver livra, aliviado da sensação de perigo.
Assim os sintomas principais do transtorno ansioso são a inquietação motora, sensações de angustia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, mal estar generalizado, a pessoa não consegue ficar parada, as vezes rói unhas, puxa o cabelo, precisa ficar mexendo em algo, permanece balançando pernas e braços.Também podem ser pessoas muito falantes (compulsão para falar) e muita dificuldade de ouvir, absorver e entender.
Algumas variantes dos sintomas do transtorno ansioso são os vícios, os mal hábitos, que também são ligados aos transtornos compulsivos, como o vício de fumar(descobertas recentes dizem que a nicotina além de seus malefícios tem a capacidade química de uma ação ansiolítica e até antidepressiva), o vicio de comer (esta já não é uma descoberta tão recente que o açúcar é um poderoso calmante), o vicio do álcool (outra substancia que alem de causar danos a saúde tem importante efeito ansiolítico e antidepressivo momentâneo). Os ansiosos de forma não voluntária buscam o alivio para a sua ansiedade através do uso compulsivo destas e de outras drogas também (maconha, cocaína, crack, ópio e morfina também são usadas por pessoas muito ansiosas).
O sentimento crônico da ansiedade é muito ruim, e na maioria das vezes a pessoa não identifica que se trate de uma ansiedade, de um medo e não consegue dar uma razão lógica, formal, para o que esta acontecendo. Expressões como "Medo do que?", "Mas como isto esta acontecendo se esta tudo bem ?" ou Isto não faz sentido ", são muito comuns, e tudo que a pessoa quer é achar um jeito rápido (até por que é típico do ansioso) para se livrar desta sensação. Dai o uso de drogas ou outros métodos ineficazes que até trazem um alívio imediato mas que vão cada vez mais aumentando a ansiedade da pessoa.
O quadro agudo da ansiedade é marcado muito mais pela intensidade das sensações físicas do que pela percepção de qualquer conflito psicológico. Os sintomas são os mesmos do que os relatados acima acrescentados de tontura, sensação de desmaio, de morte ou de que se vai enlouquecer ou perder o controle de tudo. Quando estas sensações começam a se repetir com freqüência o nome do quadro passa a se chamar de Síndrome do Pânico, a tão famosa, que na verdade é a repetição de crises de ansiedade aguda.
A questão que você deve achar que falta a nossa conversa é por que que afinal de contas isto acontece, qual a origem do trantorno ansioso, e eu vou dizer que existem milhares de explicações, algumas eu já falei em outras partes de nosso site. A que mais me agrada é aquela que relaciona a ansiedade com a aceleração desarmônica de nossa mente, "Mente acelerada é mente desequilibrada"já disse eu mesmo em outras partes. A vida moderna, urbana estimula em demasia a nossa mente e esta sempre exigindo elaboração e raciocínios rápidos o que desencadeia quadros de ansiedade. A vontade do individuo de achar soluções rápidas também é outro fator desencadeante assim como o desejo de buscar e atingir objetivos que supostamente trariam tranqüilidade, e quanto mais rápida e desarmônica a mente estiver, maior a sensação de medo e ansiedade. Quanto mais equilibrada , harmônica e coordenada a nossa mente estiver, maior a sensação de calma e paz de espírito.
Teoricamente acabei de oferecer uma solução para acabar com a ansiedade, não querer nada, não perseguir nada, pelo menos em nível mental e aceitar as coisas como são sem se deixar dominar pela ânsia de querer modifica-las. Podemos querer modificar as coisas mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa disto.