quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Káli e a seita dos thugs

 
Há cerca de 300 anos, um grupo de indianos adoradores da deusa Káli, a deusa da morte e da destruição, fundou uma fraternidade intitulada Thug, cujos membros se comunicavam por meio de uma linguagem secreta e de gestos, os quais só eles sabiam interpretar.
Segundo mística clássica, a Káli (ou Durga) havia sido confiada a tarefa de destruir o poder demoníaco que oprimia o mundo, e seus seguidores concluíram que os peregrinos em adoração a outros deuses deviam ser seus demônios disfarçados de gente.
Assim, os thugs (ou Phansigars, estranguladores) faziam amizade com esses grupos e, logo que ganhavam a confiança deles, estrangulavam-nos com lenços ou laços que carregavam na cintura. (Segundo o mestre Samael, os altos iniciados da Loja Negra usam um cinto de tecido especial com sete nós.)
Depois de mortas, as vítimas eram mutiladas por membros da seita especialmente treinados para isso. As principais vítimas eram mulheres e crianças das castas mais humildes, e, circunstancialmente, eram sacrificadas nos altares dos templos de Káli.
Para que não identificassem as vítimas, escavavam buracos com picaretas consagradas, jogavam terra por cima e dançavam sobre a superfície para achatá-la.
O ritual terminava com oferendas de açúcar à deusa Káli e libações sobre a picareta. Por fim, repartiam entre si o que haviam roubado da vítima.
A seita dos estranguladores teve seu apogeu no século 13, com a construção de diversos santuários dedicados a Káli. Nessa época, os Thugs criaram uma organização tão estruturada (ou maior) que as máfias modernas.
Os thugs geralmente trabalhavam em bandos, ao longo das estradas e cidades sagradas indianas, como por exemplo, Benares e Allahabad. Eles geralmente eram acompanhados de auxiliares, denominados Bhurtotes e Shumseeas.
Os thugs raramente viajavam, ficavam confinados a determinadas regiões, próximas a seus templos sacrificiais, porém, existia uma variante thug, que eram os thugs viajantes, ou Megpoonas.
Esses eram mais difíceis de capturar, pois não havia um ponto específico onde pudessem ser encontrados. Foram os que mais destruição causaram ao povo indiano.
Certa vez, Sir Sleeman interrogou um seguidor thug sobre se ele realmente havia assassinado centenas de pessoas, por meio do estrangulamento. Esse thug disse que não, que não havia assassinado ninguém.
Quem havia matado a essas centenas de pessoas fora a própria Deusa Káli, utilizando as mãos dele…

Origens Esotéricas dos Adoradores de Káli

Segundo o Mestre Samael, esta seita involucionante teve sua origem na própria Atlântida, criada pela própria Fraternidade Negra. De lá, essa seita tântrica negativa se estabeleceu no país chamado Perlândia (a terra das pérolas), hoje conhecida como Índia.
Káli é a personificação das forças cósmicas destruidoras, Káli possui dois aspectos, um positivo, que vem a ser a Mãe Destruidora de todas as trevas interiores do ser humano. Em seu aspecto negativo é a energia da Kundalini despertada negativamente, transformando-se na tão temida “cauda dos demônios”, ou Órgão Kundartiguador.
Felizmente, essa seita de assassinos foi combatida e extinta pelas autoridades britânicas na Índia. Coube a Sir William Sleeman, entre os anos 1829-1848, a incumbência de reprimir e destruir a tenebrosa organização Thug.
Sir Sleeman escreveu um interessante trabalho, intitulado Ramaseena, ou a Linguagem Peculiar dos Thugs.
Sleeman afirmou ter conhecido textos que falavam dos thugs na época de Heródoto. Portanto, esta seita é muito antiga, quem sabe perdendo-se na noite dos tempos.
Foram condenados por ele cerca de 1.600 thugs por assassinato.

Etimologias

Káli vem do híndi e significa “a negra”.
Durga quer dizer “a inacessível”.

Parvati é a consorte de Shiva, ou seja, nossa Divina Mãe Cósmica Kundalini, em seu aspecto positivo.
Káli e Durga, portanto, são duas facetas da energia sagrada da Kundalini.
Outro nome dado pelos thugs a Káli era Dávi.
Bibliografia: The Stranglers, See G.L. Bruce (1969) e diversas obras do Venerável Mestre Samael Aun Weor, como O Matrimônio Perfeito.

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